A Organização das Nações Unidas acaba de lançar um guia para mulheres de prevenção à violência que sofrem no ambiente digital. A ação marca o Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra Mulher, celebrado em 25 de novembro.
A data homenageia a luta das irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 pelo ditador dominicano, Rafael Trujillo, por se oporem ao regime autoritário e lutarem por liberdade e direitos fundamentais.
De lá para cá, a violência ganhou novas formas, e agora alcança uma onda cada vez maior no ambiente digital.
Segundo a ONU, 38% das mulheres já sofreram violência online e menos de 40% dos países possuem leis que as protejam contra assédio ou perseguição digital. Ao todo, o número representa cerca de 1,8 bilhões de mulheres e meninas sem qualquer proteção legal.
Entre as mais atingidas estão jovens, jornalistas, ativistas e políticas. A estimativa aponta que uma em cada quatro jornalistas e uma em cada três parlamentares são vítimas de violência digital.
Com o objetivo de deter este cenário, o guia orienta a identificar sinais de violência digital, tipos de agressão, medidas que podem ser tomadas após ter sido vítima e redes de apoio.
Este dia 25 também dá inicio à campanha Unite, iniciativa da ONU que envolve 16 dias de ativismo global, também focados no enfrentamento às agressões virtuais contra mulheres.
Com o lema “Não tem Desculpa”, a campanha pretende transformar a indignação coletiva em ações concretas, como aprovação de leis mais eficazes e rápida remoção de conteúdos prejudiciais.
*Com supervisão de Vitória Elizabeth
Fonte: Radioagência Nacional